Rocketman daqui à lua



Começando com icons dos anos 80, não há melhor maneira de começar do que com Elton John, sobre quem acaba de estrear "Rocketman", uma mistura de musical e biopic realizado por Dexter Fletcher, que anteriormente tinha terminado "Bohemian Rhapsody" depois de Bryan Singer ter abandonado o projecto. 
"Rocketman" é um filme notável em todos os aspectos, conseguindo desde já a proeza de não se resumir a um filme onde temos de ver todas as canções de Elton John tocadas em gravações de estúdio ou em concertos, mas levando-as para o universo do filme musical (até fazendo vénias aos musicais da MGM do tempo de Arthur Freed) e muitas vezes para o universo do surreal. 
O argumento (da autoria de Lee Hall, argumentista da versão cinematográfica e de palco de"Billy Elliot.") não deixa, no entanto de ser um biopic com tudo o que o género tem e neste caso uma forte aproximação ao mundo das drogas, do sexo e o acordar de Elton John para a sua sexualidade.
E é aí que reside uma das grandes forças de "Rocketman", o facto de tratar de uma forma tão simples, um assunto tão mal resolvido pelos filmes para o grande público de Hollywood. 
O trabalho de Taron Egerton ("Kingsman") como Elton John é extraordinário e reflecte bem a sua transformação ao longo de todo o filme, sendo que é de sublinhar que é o próprio Egerton quem canta todas as canções. O restante elenco tem também belíssimas interpretações como no caso de Jamie Bell ("Billy Elliot") ou  Richard Madden ("Bodyguard", "Game Of Thrones").
Se pensa que vai ver mais um filme, igual a tantos outros, sobre mais um músico, prepare-se para uma grande surpresa, mas não perca este "Rocketman" e tente não sair de lá a cantar as dezenas de canções que desfilam neste filme. 





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